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Histórico-Artístico

IGREJA DE NOSSA SENHORA DA MISERICÓRDIA

Sintra

Património indexado como valor fundamental da Paisagem Cultural de Sintra

Instituída em 1545 por D. Catarina, mulher de D. João III, a Confraria da Misericórdia de Sintra deu início à construção da sua igreja anexa ao hospital e à “casa da Misericórdia”. Parcialmente derruída na sequência do terramoto de 1755 – sobretudo ao nível da fachada e da cobertura, a igreja foi reconstruída pela irmandade e apresenta planta longitudinal que inclui a capela-mor onde se patenteiam frescos que revestem a abóbada de berço da autoria de José Joaquim da Rocha (o “Rocha de Setúbal” que, em Sintra, deixou profícua obra). Na nave longitudinal destacam-se, para além da cobertura em madeira com decoração fitomórfica e apontamentos a ouro, os altares colaterais que apresentam idêntica ornamentação.

Em 1933, a igreja viu – num contexto reformista da vila de Sintra – a sua nave amputada até ao nível da fachada do hospital. O templo encontra-se demarcado com cunhais pétreos coroados por urnas com fogaréus e na fachada reconstruída destaca-se o pórtico axial sobreposto por janelão pombalino sobre o qual se evidenciam em estuque relevado as armas de D. Maria, possivelmente executadas pelo mestre Manuel da Fonseca.

CHURCH OF OUR LADY OF MERCY

Sintra

Heritage of fundamental value of the Cultural Landscape of Sintra

Founded in 1545 by Queen Consort Catarina, spouse of King João III, Sintra’s Confraria da Misericórdia (Confraternity of Mercy) began construction works on its church attached to the hospital and its respective House of Mercy. The church was rebuilt by the brotherhood after having been partially destroyed in the earthquake of 1755 in which its façade and roof were particularly badly damaged. Its longitudinal design includes a chancel whose frescoes adorn the barrel-vaulted dome designed by José Joaquim da Rocha (aka "Rocha from Setúbal" who was particularly active in Sintra). Particular reference should be also made, in its longitudinal nave to the wooden ceiling decorated with phytomorphic motifs and gold embellishments and side altars with an identical type of ornamentation.

Owing to the reformist context in the town of Sintra, the church’s nave was truncated to the level of the hospital’s façade in 1933. The temple is demarcated by stone quoins crowned by urns topped by a flickering flames. Its rebuilt façade particularly includes its principal portico surmounted by a Pombaline window bearing the raised stuccoware coat-of-arms of Queen Maria attributed to master sculptor Manuel da Fonseca.