A fonte de Mata-Alva, cujas origens remontarão, pelo menos, ao último quartel do século XVIII, ostenta fácies revivalista que resulta da reforma tardo-oitocentista patrocinada por Francis Cook, como o atesta, aliás, a lápide aposta no frontal sob a real pedra de armas de D. Maria I: Hunc Fontém / Condidit de nouo / Pro Bono Publico / Francisco / Uisconde de Monserrate /a. d. 1875.
Na verdade, o prospeto do fontanário foi radicalmente alterado «para o bem público» por D. Francisco. Assim, daquela campanha de obras resultou um frontal antecedido por cúpula esférica que protege a bica e tanque de pedra. A abóbada repousa em colunas com capitéis profusamente decorados, observando-se esgrafitada, no fuste esquerdo, a seguinte legenda: E. P. / 6-5-1918.
O frontal permanece ladeado por bancos de descanso encimados por pequenos painéis de azulejos policromos (réplicas dos primitivos que foram ali colocadas em 1988) e, ao centro, já sob a cúpula envolvendo as lápides e os azulejos de onde sobressai a bica, subsiste um fresco geometrizante de nítida inspiração “neo-mourisca”.